Não vou numerar essa lista pois gosto desses álbuns igualmente, cada um do seu jeito, se isso é possível.
Vamos a lista!
Álbum: Sixpence None The Richer (1997).
Artista: Sixpence None The Richer.
Música que me levou ao disco: Kiss Me.
A música Kiss Me eu acho que ouvi a primeira vez em um seriado de TV ou na rádio mesmo. Uma balada-rock romântica com uma voz deliciosa. Depois de muitos anos, quando já tinha internet banda larga, decidi baixar todo o disco com essa música e fiquei surpreendido principalmente com os arranjos leves das músicas, além das faixas "coladas" que dão um climão para a primeira parte do álbum. A voz de Leigh Bingham é uma delícia a parte, afinadíssima e doce, muito parecida com o da Nina Persson do The Cardigans. O álbum pode ser até considerado conceitual ou uma pequena opereta pop-rock, com um tema apresentado ao final de Anything que se repete no refrão de The Waiting Room e em outros momentos do disco. As cordas nos arranjos dão um toque ainda mais especial em faixas como Puedo Escribir, que é quase um flamenco. Um tesouro pop dos anos 90.
Artista: Gram.
Música que me levou ao disco: Você Pode Ir Na Janela. (nao tao pop assim...)
Sim, eu sou daqueles que a primeira vez que ouviu Você Pode Ir Na Janela achou que fosse uma música do Los Hermanos. Depois descobri que se tratava de uma banda nova quando vi o clipe na MTV. Foi aí que eu quis descobrir mais sobre a banda e vi que o resto disco se distancia bastante do Los Hermanos, não só pela ausência de metais, mas também pelas letras amargas e guitarras sujas que remetem ao Radiohead na fase de The Bends. Moonshine virou minha música preferida do álbum facilmente, talvez pelos falsetes, talvez pelo clima melancólico e o crescente desespero no fim da faixa. Aliás o disco todo é cheio de melancolia. Além das guitarras o teclado também brilha nos arranjos do disco, criando climas psicodélicos e modernos. É um disco de rock com uma qualidade difícil de encontrar equivalente no período em que foi lançado.
Álbum: August And Everything After (1993).
Artista: Counting Crows.
Música que me levou ao disco: Mr. Jones.
Álbum: Urban Hymns (1997).
Artista: The Verve.
Música que me levou ao disco: Bitter Sweet Symphony.
E eu tinha lido que eles eram um tipo de Oasis. Não chega nem perto disso. Bitter Sweet Symphony é pop, como Lucky Man e One Day, mas mesmo assim não faz do álbum um disco pop. Não é o meu preferido do Verve (sendo este o A Nothern Soul, anterior na discografia mas que ouvi depois) mas é o que me fez me encantar por essa banda inglesa. O que mais me impressionou foi o experimentalismo e psicodelia de algumas canções, que remetiam ao rock dos anos 60 e 70 que eu ouvia na época (Pink Floyd do início) misturado a elementos modernos e a harmonizações e sobreposições de vocais fora do comum, como em The Rolling People. Sonnet e The Drugs Don't Work também são belíssimas.
Álbum: Parachutes (2000).
Artista: Coldplay.
Música que me levou ao disco: Yellow.
Yellow tinha um misto de U2 com Radiohead, que eram coisas que me fascinavam naquele tempo, além de um clipe simples e bonito. Grudou nas rádios do Brasil em 2001 principalmente por fazer pate de uma novela que eu não lembro o nome. Ouvi o disco emprestado de uma prima. A primeira faixa Don't Panic com o verso "We live in beautiful world", trazia um contraponto imenso ao se levar em consideração a melodia melancólica e a voz triste que a cantava. Era como se Chris Martin tivesse tentando convencer a si mesmo de que o mundo era bom apesar de tudo. E apesar da melancolia ser algo presente em todo o disco, ele me traz lembranças da fase mais intensa, e talvez mais feliz, da minha vida. No disco minha música preferida é"Shiver, com sua guitarra indie estridente e os falsetes extremos numa letra comprida e gostosa de decorar. Trouble é doce e doída. Everything's Not Lost tenta reafirmar a premissa (ou mantra) do início, de que tudo vai dar certo. O Coldplay nunca mais fez um disco tão lindo.