Eu postava essa lista no meu Twitter e depois a arquivava em um Excel no meu HD.
Esse ano resolvi fazer diferente. Como no Twitter não é fácil ver ou procurar por posts anteriores, resolvi incluir essa lista aqui no blog.
Minhas regras particulares são: só podem entrar na lista discos de estúdio lançados durante o ano e que eu tenha escutado durante o ano. Se eu escutei o disco que saiu dia 31/12/2012 em 01/01/2013 já não pode entrar pra lista.
Então vamos lá, em ordem decrescente:
5º lugar: Blonderbuss do Jack White.
É um disco de rock americano dos anos 70 feito em 2012. Nem por isso soa repetitivo ou chato. Em alguns momentos parece White Stripes com o resto da banda completo. Em alguns momentos é doce como um disco de Folk. Melhores faixas: Love Interruption, a valsa Blonderbuss que dá nome ao disco e Hip (Eponymous) Poor Boy que tem clima de música de Saloon.
4º lugar: Four do Bloc Party.
Gostei de cara do clipe de Octopus. A mistura de rock cru com programação simples mais o falsete do Kele nessa canção foi a porta para que eu entrasse no álbum que foi lançado alguns dias depois.
Me identifiquei totalmente com as letras de So He Begins To Lie e de Truth. O álbum conta com riffs pegajosos de guitarra, bateria certeira e sem exagero e um baixo competente. E a voz do Kele varia conforma a emoção que a canção precisa.
3º lugar: The Idler Wheel Is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do da Fiona Apple
2012 foi um ano cheio de lançamentos de cantoras que eu gosto. Tiveram discos novos da Norah Jones, Macy Gray e Regina Spektor que não entraram por pouco nessa lista. Mas Fiona, eu confesso, só conheci agora. Vi o clipe de Every Single Night numa madrugada, um pouco embriagado, e fiquei fascinado tanto pelo visual do vídeo quanto com a voz ás vezes grave, ás vezes aguda dela, fora o arranjo minimalista da canção.
Baixei o álbum e percebi que se trata de uma compositora que faz suas músicas no piano (como é o caso da Regina Spektor) e ele está presente em quase todo disco. O álbum é tenso em vários momentos e até raivoso como em Left Alone. Valentine tem versos que colam na cabeça.
Denso e perturbador ao extremo. Não me emocionava assim com um disco desde Takk...
A primeira faixa, Ég anda, faz sentir uma tomada de fôlego para o início de uma corrida que avança lentamente. E quando você está a um metro da linha de chegada você cai num poço e começa a se afogar desesperadamente. Não tem volta. O resto do disco é o além-vida. Sem mais.
1º lugar: Boys And Girls do Alabama Shakes.
Sim, é um disco com um clima completamente diferente do anterior. E sim, também é um disco dos anos 70 feito em 2012. Esse de forma ainda mais "orgânica" que o do Jack White. Formação de banda de rock clássica: baixo, bateria, guitarra base, guitarra solo e teclados. E, como eu fiz nos anos anteriores, o primeiro colocado tem uma análise faixa-a-faixa:
01 - Hold On
Foi a faixa que me levou a conhecer a banda e o disco. Mais uma vez graças a programação da madrugada da MTV. A voz dessa mulher totalmente fora dos padrões da ditadura da beleza me conquistou à primeira vista. A banda é ótima, mas a voz é algo fora da linha do comum.
02 - I Found You
A primeira balada romântica padrão do disco. Essa poderia estar facilmente na trilha de The Wonder Years se tivesse realmente sido lançada nos anos 70. Com direito a órgão e backing vocals clássicos.
03 - Hang Loose
Essa é uma faixa de litoral. Dá pra se ouvir na beira da praia ou ser a trilha sonora de um documentário ou reportagem sobre surfistas no Hawaii.
04 - Rise To The Sun
Quase um bolero, vira uma barulheira no meio com um chimbal aberto perfeito.
05 - You Ain't Alone
A melhor faixa do disco. Não tem como não falar de Janis Joplin ao se falar dessa banda e esta canção com certeza teria ficado linda na voz dela. Mas também ficou perfeita na voz de Brittany Howard. O arranjo é simples, mas totalmente perfeito no desenvolvimento. É de emocionar e levar ás lágrimas qualquer coração partido ou rachado.
06 - Goin' To The Party
Uma vinheta. Simples e direta. Principalmente na letra.
07 - Heartbreaker
Ela poderia ser uma daquelas canções de baile de filme americano dos anos 60, mas de alguma forma ela é suja demais pra isso. Mais uma vez é culpa da bateria.
08 - Boys & Girls
O Blues que dá nome ao disco. Essa é balada de dançar junto no baile. É o momento mais sem sal do disco.
09 - Be Mine
Mas uma balada romântica. Esse realmente pode ser um disco para os dias de fossa, é só pular algumas canções mais agitadas e pronto. Essa também emociona do começo ao fim. Clímax foda.
10 - I Ain't The Same
A sensação é de se estar num conversível na Route 66. Nos anos 70, claro. A voz de Brittany chega a lindos agudos em stacatos perfeitos.
11 - On Your Way
A faixa mais diferente do disco, é a que o encerra. Acho que pra dar uma vontade de saber o que virá pela frente. Tem uma harmonização bonita feita pelas guitarras.
Existem ainda versões do disco com mais três faixas bônus: Heavy Chevy, Pocket Change e Mama. As três realmente têm cara de b-sides. São rocks básicos e divertidos.
Enfim, esse é um disco que eu quero ter em vinil.
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